Como são as aulas de parkour para crianças?

Da aula experimental ao treinamento.

O primeiro contato

Muitos papais e mamães chegam ansiosos, curiosos e, às vezes, bem preocupados de como as aulas funcionam! Ao mesmo tempo ficam empolgados de saberem que existe uma Escola de Parkour na cidade e que ela se preocupa muito com a segurança, o bom ambiente, a educação complementar e a diversão das crianças e adolescentes. As perguntas mais frequentes não são sobre de onde o parkour veio (da França), quem criou (David Belle), há quantos anos tem no Brasil (perto de 15 anos) e como surgiu a Drop and Leap (iniciativa de uma praticante). Mas sim querem saber quando seus filhos já podem começar, que dias são as aulas e quais os valores para se tornar aluno.

Todo mundo tem direito a experimentar uma aula sem custos. Nesta primeira aula a criança é inserida ao grupo já regular e também aos principais fundamentos da atividade. Costumamos dizer, numa linguagem mais informal, que freamos o afoito e estimulamos o tímido. Os pais parecem entender muito bem esta linguagem. Nós conseguimos perceber as potencialidades de cada um, bem como em qual estágio de aprendizagem a criança se encontra. Assim, há mudanças perceptíveis nas crianças já nos primeiros 3 a 6 meses de aula. As principais são aquelas relacionadas à tomada de decisões aprimoradas, melhor controle do corpo e das emoções, mais vigorosidade corpórea, auto-compreensão mais completa, relacionamentos mais fortes e sucesso escolar.

Tudo isso por meio de jogos e atividades propositais com as ferramentas do parkour. A idade inicial permitida para as aulas são 7anos.

É certo que as crianças estão passando mais tempo diante das telas. Os smartphones, computadores e tablets oferecem muitas opções de entretenimento. Alguns afirmam que é por isso que grande parte delas está enfurnada em casa sem fazer exercícios. Mas nem todo mal vive a internet. Graças a essas modernidades tecnológicas, o parkour chegou pra muita gente. A modalidade está explícita nos filmes de ação, campanhas publicitárias, vídeos viralizados, nas redes sociais e, principalmente, nos videogames.

Então, dessa forma, está mais fácil ainda exemplificar aos pais que o fictício pode se aplicar ao real. Pelo parkour, a gente consegue fazer uma associação perfeita entre necessidades de infância e fantasia. Muita coisa do que eles vêem é totalmente possível. Mas para isso, trazemos questões sobre dedicação, tempo, esforços, treinamento físico, situações relacionadas ao convívio social, aproveitamento dos elementos da cidade, controle de sentimentos e emoções, confiança e disciplina.

Conseguimos trazer a infância que permite as vivências naturais, bem como o correr, saltar, se agarrar, equilibrar, rolar, subir e descer das coisas, também ultrapassar obstáculos, visualizar percursos e trajetos enfatizando, ao mesmo tempo, a segurança real, as capacidades humanas e a saúde sem esquecer a magia e imaginação inerente à infância.

E são com essas habilidades naturais do ser humano que resgatamos essa tal inatividade infantil, ao qual tantos estão preocupados. Isso tudo contribui para as próximas etapas da vida.

O que temos e fazemos nas aulas de parkour?

• Tem jogos, brincadeiras, técnicas das modalidades, desafios individuais e coletivos, sempre com planejamento e objetivos educacionais.

• Conseguimos fazer analogias com características de heróis e anti heróis;

• Usamos os exemplos de atletas para mostrar as possibilidades máximas de desenvolvimento com a modalidade;

• Mostramos exemplos de diferentes arquiteturas no mundo e como isso influencia a vida parkour (estilo de praticantes, viagens, locais preferidos);

• Estimulamos resoluções de problemas com análises de estratégias;

• Ensinamos sobre a proteção/segurança pessoal e alheia;

• Ensinamos o cuidado e primeiros socorros, quando necessário;

• Iniciamos conceitos de corpo e saúde que serão para o resto da vida;

• Inserimos conceitos de cidadania e ocupação das ruas;

• Exibimos os benefícios e os malefícios de competições;

• Oferecemos informações sobre o parkour do Brasil e do mundo;

• Caçamos sorrisos e felicidades nos alunos e pais.
  

O treinamento físico mais sério

Quando maiores (adolescentes ou adultos), a parte EXERCÍCIO muda um pouco de foco. O lúdico não para de existir mas entra o fator condicionamento físico. As habilidades treináveis nos indivíduos, ou seja, as valências força, equilíbrio, resistência, velocidade, agilidade serão predominantes em aulas e em periodizações mais complexas de treinamento. Nesta fase, a disciplina pelo domínio corporal e evoluções mentais serão mais exigidas pelos professores e treinadores. Claro que não são todos que estão dispostos a entrarem nesse ritmo. Testes de nivelamento e autorizações dos pais são necessárias. Ainda não focamos em formar atletas mas sim em indivíduos muitos capazes de aprender e treinar qualquer modalidade no futuro.

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Drop and Leap Escola de Parkour de Brasília